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⭐ EDIÇÃO ESPECIAL – MIND THE GAP (PARTE 3 DE 3)

  • Foto do escritor: Luiz Viana
    Luiz Viana
  • há 11 minutos
  • 3 min de leitura
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Continuidade Operacional, Auditoria dos Auditores e ESG: As Novas Fronteiras da Profissão


Chegamos à Parte 3 da série especial Mind The Gap, inspirada nos artigos do IBRACON que analisam as principais lacunas entre o que a sociedade espera da Auditoria Independente e o que realmente entregamos, conforme normas, ética e responsabilidade profissional.


Se você ainda não conferiu as partes anteriores:

📌 Parte 1 – Gaps de Conhecimento, Desempenho e Evoluçãohttps://www.vorcon.com.br/post/edição-especial-mind-the-gap-parte-1-de-3

📌 Parte 2 – Gap de Responsabilidade, Complexidade e Comunicaçãohttps://www.vorcon.com.br/post/edição-especial-mind-the-gap-parte-2-de-3


Agora, concluímos a trilogia com três temas que ampliam o impacto da auditoria no mercado:


Continuidade OperacionalAuditoria dos próprios AuditoresESG e a expansão da asseguração para além do balanço


Esses assuntos, discutidos nos Artigos 8, 9 e 10 do IBRACON, representam as fronteiras contemporâneas da profissão.


🎥 VÍDEO – MIND THE GAP (PARTE 3)

👉 Assistir no YouTube: https://youtu.be/BMYPmjVIfRY


🧩 Artigo 8 – Continuidade Operacional e o Papel da Auditoria


A continuidade operacional é uma das áreas mais sensíveis para qualquer auditoria, pois envolve julgamento, incerteza e responsabilidade ampliada.A NBC TA 570 exige que o auditor avalie:

  • se a base de preparação das demonstrações é adequada;

  • se existe incerteza material relevante;

  • se as divulgações refletem essa incerteza;

  • se há planos de ação da administração para mitigar riscos.


📌 O “gap” ocorre quando o público acredita que o auditor prevê o futuro.Mas o auditor não garante continuidade — ele avalia se a administração fez o trabalho dela corretamente.


O relatório de auditoria, em casos de incerteza material, inclui uma seção específica de alerta ao mercado. O dado do IBRACON é contundente: em 93% das empresas que entraram em recuperação judicial, os auditores já haviam sinalizado riscos relevantes antes da crise. Portanto, quem acompanha relatórios de auditoria não é surpreendido — mas muitos usuários simplesmente não compreendem o que os alertas significam.


🧩 Artigo 9 – Você sabia que os auditores também são auditados?


Poucos conhecem a profundidade da supervisão sobre auditores independentes.Existem três camadas estruturais:

  1. Sistema de Gestão de Qualidade interno – Revisões internas obrigatórias, políticas, monitoramento e controles.

  2. Revisão por Pares – Outras firmas analisam trabalhos com metodologia técnica e independência.

  3. Supervisão Regulatória – CVM, PCAOB, CPAB e outros órgãos auditam os auditores.


📌 Em 2021, apenas 51% das firmas avaliadas tiveram sistemas considerados “operando efetivamente”.Ou seja: a régua é altíssima — e isso é fundamental para proteger o interesse público.


Esse “gap” nasce do desconhecimento: o mercado acredita que o auditor atua sem supervisão, quando na verdade a profissão está entre as mais fiscalizadas do país. Quanto mais robusto o sistema de revisão e inspeção, maior a confiança nas demonstrações financeiras auditadas.


🧩 Artigo 10 – Auditoria para além do balanço: a asseguração ESG


O mundo corporativo exige cada vez mais informações ESG confiáveis.E é aqui que a auditoria independente torna-se essencial.

A profissão expande sua atuação para:

  • combater greenwashing,

  • validar métricas não financeiras,

  • garantir transparência socioambiental,

  • ampliar a qualidade da governança.


📌 Crescimento significativo:Relatórios ESG com asseguração por auditores independentes no Ibovespa subiram de 30% (2020) para 59% (2022).


O Brasil é protagonista global: a CVM foi a primeira autoridade reguladora do mundo a adotar as normas ISSB. A partir de 2025, as empresas serão obrigadas a divulgar informações ESG com asseguração limitada, e em 2026, asseguração razoável — equivalente ao rigor da auditoria tradicional. Isso redefine o papel do auditor para a próxima década.


⭐ Conclusão – O Futuro da Auditoria é Mais Amplo do que Imaginamos

Com esta Parte 3, concluímos a série Mind The Gap, revelando:

  • Como auditores antecipam riscos de continuidade,

  • Por que a profissão é uma das mais fiscalizadas do país,

  • E como o auditor se tornou pilar essencial da agenda ESG.


O “gap de expectativas” só será reduzido se educarmos, comunicarmos e evoluirmos continuamente.E é justamente isso que fortalece a confiança pública e a relevância da profissão.



 
 
 

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